Refletindo...
O dia de hoje é o dia de viver intensamente...
Intensidade é algo que poucos vivemos nos tempos da pós-modernidade... somos da geração faastfood
Se a vida se dá na concretude do momento presente que, por sua vez, se dá no hoje, o que de fato vivemos?
Corremos o risco de viver na periferia das coisas... de nos contentarmos com a superficialidade dos relacionamentos, dos momentos de estarmos aqui e agora, e saborear tudo aquilo que a vida nos proporciona...
Às vezes desejamos que algo aconteça em nossas vidas, mas a intensidade com que desejamos é pequena, ínfima, tacanha... É que vivemos demasiadamente preocupados (pré + ocupados), estamos mais voltados para o momento que se segue, para o futuro próximo ou distante que não vivemos o agora, que é o que realmente importa...
Claro que isso não significa não pensar no amanhã, em projetos, sonhos... agimos mais ou menos assim:
Se estamos no café da manhã, as preocupações estão no trabalho...
se estamos no trabalho, a preocupações estão no trânsito, no retorno para casa...
se estamos no momento do almoço, as preocupações estão a quilômetros dali... não degustamos nem saboreamos aquilo que nos é oferecido com alimentação...
se estamos jantando, raramente estamos à mesa, ou estamos diante da tv ou de um computador... e a família onde fica? Não fica!
se estamos na Igreja, as preocupações estão no que acontecerá depois... se é pela manhã, no que será servido no almoço, na partida de futebol da tarde...se é à noite, nas novelas, no fantástico... talvez, por isso, a qualidade de nossas orações e participações no campo da fé seja tão pouco comprometida com Deus e o outro...
A vida é um presente e tudo o que nela se encerra, por conseguinte, é dádiva... se o que a gente vive mesmo é o momento presente e é no presente que temos alegrias, emoções, sentimentos... o futuro é um presente que ainda não chegou, daí o importante é viver o que já chegou: o presente...
É no presente que amamos e somos amados...
É no presente que oramos, rezamos e entramos em sintonia com Deus...
É no presente que dialogamos com o outro, com Deus, com o mundo e, sobretudo, consigo mesmo...
É no presente que manifestamos afeto, carinho e ternura...
É no presente que sonhos novos sonhos, projetos...
É no presente que perdoamos e somos perdoados...
É no presente que sentimos saudade, uma presença daquilo que se faz ausência... se no vivemos o presente não lembranças muito menos saudade...
É no presente que rimos da vida, na vida, com a vida...
É no presente que realizamos passeios, nos divertimos, sentimos e experimentamos a vida...
É no presente que o tempo nem é passado nem futuro, onde, não raras vezes, estamos...
É no presente que edificamos, construímos relacionamentos duradouros que estarão presentes em outros amanhãs que serão presentes, e isso é um lindo presente...
É no presente que se chama agora, que por sua vez, se dá no hoje, que experimentamos a vida, pois cada presente é único como este que você está lendo esta crônica...
Faça valer a pena o momento presente para que o amanhã que se chama futuro possamos trazer à memória coisas, fatos, sentimentos bons para encher de alegria e entusiamo nossos novos momentos denomniados de agora... esse é um presente que se dá a si mesmo no tempo presente...
“Cada dia é um presente. E enquanto nossos olhos abrirem, vamos focalizá-los no novo dia e também nas boas lembranças que nós guaramos para esta época da vida” (a.d.).
“... seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus” (1 Coríntios 3,22-23).
Aquele abraço,
Jade.